Não: adv. 1.
Designação de partícula negativa, inversa à partícula afirmativa sim; 2.
Manifesta ou explicita negação ou rejeição; do mesmo significado da expressão:
de modo nenhum; 3. Designação de jamais, negativo ou nunca.
Essa palavrinha
tão pequena com um significado tão forte e expressivo.
Pois é, hoje vou
falar do “não”. Mas nem pense que vou falar mal dessa palavra. Aqui no Palavrório, as palavras são sempre motivos de muita reflexão.
“- Fulano, você gostou
do doce que eu fiz? - Não.”
“ – Você quer
sair com aquele pessoal? – Não.”
“ – Estou
bonita? – Não.”
Que palavra mais
linda de se falar. Ao contrário do que muitos pensam, ela liberta, ela
acalma... faz você refletir e principalmente, faz você mostrar o que quer; ou
melhor, o que NÃO quer.
E você aí deve
estar pensando: “Essa menina está louca. Onde ela quer chegar?”
Ahhhhh, aí sim
chegou onde eu queria.
Conversando com
muitos amigos por aí cheguei a uma única conclusão: “Quando você diz um NÃO
para alguém, é um SIM que você diz a si mesmo.”
E isso é a coisa
mais maravilhosa do mundo.
Em uma sociedade
podre, com costumes podres, com futilidades desfilando de salto alto, o “NÃO” é libertador.
Vamos aos
exemplos práticos para que você possa entender onde quero chegar.
Suponhamos que
eu estivesse em uma festa, em um lugar “chique”, com pessoas
“chiques” (rsrsrs), do high society.
Aí vem um garçom
e diz: “- Gostaria de tomar algo? Temos vinho, água, refrigerantes e cerveja”.
Eu, como uma
amante de cerveja, logo penso em fazer o pedido, porém, pelo simples fato do
que as pessoas falariam ou pensariam, acabo pedindo vinho... tinto suave (odeiooo).
E aí, acabei
fazendo o que queria ou continuo escrava das aparências?
Neguei o que
realmente sou por medo do que as pessoas vão falar da minha pessoa?
E PRA QUÊ?
Alguém ali pagaria
minhas contas do mês?
Então... de que
adiantou eu não ser feliz naquele momento pra fazer teatro?
É aí que entra o
NÃO.
Nesse caso eu
deveria ter dado uma banana para as madames e ser mais eu.
Faz alguma
diferença ter etiqueta ou não? Acabar de comer e dizer que “está cheio” ao
invés de satisfeito?
Quem gosta de
mim, gosta do jeito que eu sou. Quem tá comigo é porque se identifica com
alguma coisa que eu faço.
Depois que comecei
a refletir sobre a hipocrisia, os excessos na aparência, percebi que os muitos
bajuladores que conheço nessa vida não são felizes.
Tem muita gente
por aí que não tem nem a metade do que aparenta ter e tá lá... nas fotos do
facebook mostrando sua “fiel” amizade com quem tem, ou acha que tem também.
Eu sei, é
decepcionante. Eu também sei que você aí deve estar visualizando alguém.
(rsrsrs)
Mas eu não vim
até aqui pra ofender e nem julgar ninguém. Vim somente para dizer que digo NÃO
ao fútil. Digo NÃO à caridade que precisa ser estampada em fotos nas redes
sociais pra ter valor.
Digo NÃO ao
politicamente correto, à falsidade entre grupos, à idolatria ao consumismo.
NÃO ao mimimi.
Se não quero ir,
NÃO vou. Se não me interessa, NÃO quero.
Se você não
gosta do que eu disse, NÃO ME IMPORTO.
NÃO... NÃO E
NÃO.
Essa é a palavra
libertadora na sociedade atual.