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sexta-feira, 25 de março de 2011

Grande João Rubinato

João Rubinato???
Não conhece nenhum cara com esse nome...?

Bom, aí vai a dica pra descobrir quem é esse tal João...

"...e pra esquecer, nóis cantemo assim: SAUDOSA MALOCA, MALOCA QUERIDA...dim dim donde nóis passemos os dias feliz de nossas vidas..."

Mais conhecido como Adoniran Barbosa, foi um compositor, cantor, humorista e ator brasileiro. Rubinato representava em programas de rádio diversos personagens, entre os quais,Adoniran Barbosa, o qual acabou por se confundir com seu criador dada a sua popularidade frente aos demais.

"...de tanto levar frechada do teu olhar, meu peito até parece sabe o que? Taubua de tiro ao alvaro...não tem mais onde furar..."


Em suas músicas Adoniran nos conta a vida de um típico paulistano, filho de imigrantes italianos, a sobrevivência do paulistano comum numa metrópole que corre, range e solta fumaça por suas ventas. Através de suas músicas, canta passagens dessa vida sofrida, miserável, juntando o paradoxo bom humor / realidade - para quê lamúrias?

Adoniran nasceu e morreu pobre - todo o dinheiro que ganhou gastou ajudando ou comemorando sucessos com os amigos - seu combustível era a realidade - porque então querer viver fora dela? Talvez soubesse que o valor maior de suas canções eram interpretações como a de Elis ou Clara Nunes.

Foi um grande colecionador de amigos, com seu jeito simples de fala rouca, contador nato de histórias, conquistava o pessoal do bairro, dos frequentadores dos botecos onde se sentava para compor o que os cariocas reverenciaram como o único verdadeiro samba de São Paulo. Mais do que sambista, Adoniran foi o cantor da integridade.


Um grande salve a todos que apreciam o bom e velho samba paulista.
Um salve ao Arnesto, ao grupo Demônios da Garoa...
Um salve à Adoniran Barbosa...
Um salve à João Rubinato...



Samba do Arnesto
(Adoniran Barbosa)


O Arnesto nos convidou pra um samba, ele mora no Brás

Nós fumos não encontremos ninguém

Nós voltermos com uma baita de uma reiva

Da outra vez nós num vai mais

Nós não semos tatu!

No outro dia encontremo com o Arnesto

Que pediu desculpas mais nós não aceitemos

Isso não se faz, Arnesto, nós não se importa

Mas você devia ter ponhado um recado na porta

Um recado assim ói: "Ói, turma, num deu pra esperá

Aduvido que isso, num faz mar, num tem importância,

Assinado em cruz porque não sei escrever"


Arnesto

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